sábado, 29 de maio de 2010

Transferência de Poder

Na Europa, durante os séculos XVI e XVII, diversos filósofos buscaram justificar o poder absolutista. Obras como O Príncipe de  Maquiavel, Política Segundo a Sagrada Escritura e direito divino dos reis de Jacques-Bénigne Bossue, Leviatã de Thomas Hobbes e  Direito de Paz e de Guerra de Hugo Grotius, dissertavam sobre o tema, dando legitimidade, legalidade e manutenção ao pensamento do poder concentrado na mão de uma única pessoa, o Rei.
Com o fim da aceitação do absolutismo e com o surgimento do Iluminismo, houve várias revoluções pela Europa. Na revolução Francesa, uma das mais importantes, o povo matou o rei e tomou-lhe o poder, guiando o Estado sobe uma nova ótica e filosofia, baseando-se na igualdade, fraternidade e liberdade.
O poder que antes estava concentrada nas mãos de uma única pessoa, agora estava pulverizado, distribuído entre o povo, cabendo a este, decidir de forma proporcional o novo rumo que a sociedade tomará.  
Com o surgimento do sufrágio (Voto), o povo pôde participar das decisões do Estado, direta ou indiretamente, assentindo ou não com uma determinada proposição feita pelo representante ao povo.
A democracia é um regime de governo onde o poder de tomar importantes decisões políticas está com os cidadãos (povo), direta ou indiretamente, por meio de representantes eleitos — forma mais usual
Para quem defende que o poder emana do povo ou da nação, o sufrágio é o meio pelo qual esse poder é expresso.
Uma crítica a este sistema é que o povo, em geral, não sabe escolher os pessoas mais capazes para participar do governo, isso porque o povo não possui uma capacidade reflexiva para acompanhar os conflitos sociais, econômicos, jurídicos e até filosóficos que o Estado moderno enfrenta.
O cidadão, quando não se interessa pela política, acaba votando no candidato que ele acha menos ruim. Mas isto tem uma conseqüência desastrosa. O voto é a legitimação da transferência do poder de cada um, para que uma outra pessoa se torne o representante do Estado.
Por isso, para que a sociedade viva com dignidade e seja prospera, é de suma importância que o povo esteja apto a exercer este direito de forma consciente e com muita sapiência, pois estará escolhendo o próprio futuro e dando a si, o governo que merece.

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